Localizado no município de Gaúcha do Norte em Mato Grosso disponibiliza a pista para pouso e decolagem de aeronaves.
A NOSSA HISTÓRIA
Ao adquirir uma pequena aeronave (modelo RV9) para fazer suas viagens regulares à cidade de Gaúcha do Norte no estado do Mato Grosso, Cesar Laércio Albring e família atravessaram um incômodo e por algumas semanas tornou-se um dilema resolvê-lo.
O motivo disso era a falta de um local apropriado para guardar a aeronave de modo satisfatório. Veio então a ideia de construir uma pista pequena apenas para um avião pousar e decolar e que esta pista também estivesse próxima da residência da família "Albring".
Na época não existia aeroporto em Gaúcha do Norte em Mato Grosso e algumas pessoas da comunidade sugeriram a construção de um aeroporto de porte maior e que também fosse útil para a comunidade.
Atualmente o Aeroporto Gaúcha do Norte que leva o nome do município e tem seu registo na ANAC e com ele o reconhecimento oficial de sua existência e utilidade dentro da lei.
Pioneiros da Aviação A História de William Boeing
Nós do Aeroporto Gaúcha do Norte quando falamos sobre os pioneiros da aviação, a primeira coisa que nos vem a mente, é a disputa inócua sobre os irmão Wright e Santos Dumont.
Uma disputa que, diga-se de passagem, só existe para brasileiros e franceses, pois, para o resto do mundo, importam mais as personagens que fizeram a indústria girar.
Ou melhor, aquelas personagens que ajudaram a transformar as máquinas de voar desengonçadas do início do século XX, nos aviões que conhecemos hoje. Que contribuíram para a consolidação da indústria e da história da aviação, uma seara na qual os nomes de destaque, são muito diferentes dos quais costumamos pensar.
Especialmente, nos Estados Unidos; com destaque para Willian Boeing, cujo nome dispensa apresentações. Afinal, todos voamos em máquinas que carregam seu nome, mas, Boeing tem uma história curiosa para um capitalista americano. Resumidamente, ele se interessou pelos aviões, antes que qualquer pessoa pudesse dizer para que eles serviriam. Portanto, mais do que um dos pioneiros da aviação, foi um visionário e iniciou um complexo industrial que agregava três pontas.
Construía aviões, detinha contratos de correio aéreo e também criou a United Airlines, dedicada ao transporte de passageiros. Além disso, comprou várias companhias menores, espalhadas pelo território americano; o que transformou a Boeing em uma gigante. Tudo isso, entre 1916 e os anos 1930, quando o governo americano, entendeu que estava se constituindo um monopólio e decidiu pela divisão de suas companhias.
Desiludido, um dos maiores pioneiros da aviação decidiu vender todas as ações da companhia que ele próprio criou. Mas, a Segunda Guerra Mundial ofereceu uma redenção duradoura para sua empresa e também, uma temporária para o próprio Boeing. Foi naquele período que surgiram dois bombardeiros de longo alcance, destinados a marcar a história da aviação.
Tanto o B-17 flying fortress, quando o B-29 superfortress, ambos desenvolvidos pela Boeing; tiveram papel relevante na derrota das forças do Eixo. O B-17, construído sob o olhar atento do próprio Willian Boeing, se tornou uma máquina de destruição em massa do território alemão. O B-29 fez algo ainda mais impactante no Japão, sendo responsável por entregar as duas bombas nucleares que encerraram o conflito mais sangrento da história da humanidade.
Passada a guerra, a Boeing se tornou uma peça central da máquina militar americana, da aviação civil mundial e também, da exploração espacial. Porque se desenvolveu um modelo de cooperação entre as várias indústrias do setor, sob a batuta de Washington, para a realização de grandes projetos. O maior deles, sem dúvida, o projeto Apollo, que em sua missão de número 11, deu a Neil Armstrong o privilégio de ser o primeiro ser humano a pisar na lua.
A Boeing, como outras companhias pioneiros da aviação, teve uma participação fundamental naquele processo. Assim como, hoje, está envolvida em praticamente todos os grandes avanços da indústria aeroespacial, mas, onde ficou Willian Boeing nesta história? Como muitos pioneiros da aviação, por mais capitalista que fosse, Willian Boeing queria mais do que dinheiro, queria realizar um sonho.
Por esse motivo refletimos em nosso pioneirismo com a criação da pista de pousos e decolagens do nosso Aeroporto Gaúcha do Norte com muito orgulho e satisfação. Para ele e seus contemporâneos, a aviação era o que para nós, hoje, é o espaço, uma espécie de fronteira final que não acaba nunca. Um objetivo do qual não podemos nos aproximar demasiado, porque se estende para adiante, como se cada descoberta e avanço, apenas ampliasse a tal fronteira final.
Família Albring os Pioneiros e Guardiões de Gaúcha do Norte SIZP AEROPORTO
Talvez tenha sido este o motivo para a desistência de Boeing, porque queria conquistar tudo, não apenas o que o governo americano lhe permitisse. Porque para pioneiros da aviação como Boeing, não era o dinheiro que interessava, mas, o prazer de enfrentar e superar desafios. E para pioneiros que como nós do Aeroporto Gaúcha do Norte desbravamos a terra e possibilitamos gratuitamente a nossa pista para todos os voos da região e para todos aqueles que por ventura em trânsito estejam em necessidade de aterrisagem.